Violência sem limites
Pelo menos 12 pessoas foram vítimas de balas perdidas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro nos últimos dez dias. Três morreram e uma última vítima, que permanece internada, foi atingida enquanto dormia ontem de madrugada. Constantemente, os noticiários tratam sobre os desafios da segurança pública e de confrontos entre traficantes e policiais nos morros cariocas.
O combate à criminalidade e a falta de planejamento estratégico e controle por parte do estado já não possui limites. Tem sido comum ver crianças alvejadas a caminho da escola ou de jovens que entram para o crime na ilusão de conseguirem respeito e poder dentro da própria comunidade, e até por não terem esperança em um futuro melhor.
Milhares de moradores são vítimas da violência urbana e das organizações criminosas, enquanto o próprio Estado se preocupa em demonstrar apenas uma porção de números. Não basta achar que a instalação de uma Unidade de Polícia (supostamente) Pacificadora (UPP) vai resolver o problema. Está comprovado que não.
Uma atitude prática e eficiente é manter escolas públicas de periferia abertas aos finais de semana para oferecer aos moradores espaço para práticas esportivas e cursos profissionalizantes gratuitos. As políticas sociais mais simples, que incentivam a profissionalização dos jovens e os afastam dos criminosos, também funcionam.
As metas do governo não devem se preencher em apenas diminuir os índices de atrocidades, mas em reverter a atração que o crime organizado consegue exercer sobre os jovens, estimulando em especial aqueles que vivem em situações de precariedade e poucas perspectivas econômicas.
Marcos Pereira
Presidente Nacional do PRB
*Artigo publicado com exclusividade no Blog do R7: http://noticias.r7.com/blogs/marcos-pereira/