Nova campanha da militância feminina do PRB: “Ei, abaixa sua mão! – À não violência contra a mulher”
Brasília (DF) – O mês de novembro chegou e o PRB Mulher vem com mais uma campanha: “Ei, abaixa sua mão! – À não violência contra a mulher”. Com os números alarmantes de mulheres assassinadas ou que sofrem com a violência doméstica que estão sendo divulgados recentemente pelos meios de comunicação, o PRB Mulher quer incentivar e promover a denúncia, assim diminuindo as estatísticas.
“Não podemos mais aceitar mais nenhum tipo de violência contra a mulher, seja verbal, física, psicológica ou qualquer outro tipo. Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não pedem ajuda. A vergonha, a dependência emocional ou financeira do agressor são alguns dos principais motivos para esse silêncio. Vamos mostrar a essas moças como elas podem ser libertas dessa prisão, com informações de aonde e como procurar ajuda. Essa é só a primeira missão do PRB Mulher”, afirmou Rosangela Gomes, coordenadora nacional da militância feminina do partido.
Dados com base no balanço do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher. De janeiro a junho de 2018 a central recebeu 72.839 denúncias. De janeiro a dezembro de 2017 o serviço recebeu 156.839 denúncias. Houve um aumento de 37,3% no número de homicídios denunciados e de 16,9% nos relatos de violência sexual.
Os estados que aparecem com os maiores números de atendimentos são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Entre as regiões, a Norte registrou o maior crescimento de denúncias em comparação com o primeiro semestre de 2017. No Amazonas, o aumento foi de 34,8%, em Roraima 34,6% e no Amapá 6,1%.
Só neste ano, no Distrito Federal, 19 mulheres foram assassinas brutalmente. Um aumento de 45% se comparado aos crimes acumulados de janeiro a julho do ano de 2017. Em Minas Gerais, segundo dados divulgados pela Polícia Civil, a média é de uma morte de mulher enquadrada como feminicídio a cada três dias. Os 106 assassinatos registrados entre janeiro e setembro deste ano são 5% superiores aos 101 casos do mesmo período do ano passado.
Dados do Instituto de Segurança Pública mostram que, de janeiro a junho de 2018, o Rio de Janeiro registrou 37 casos de feminicídio, também aumentou em comparação ao ano de 2017.
“Desejamos que essas mulheres percam o medo e denunciem. Sabemos que não é fácil, mas é necessário. É preciso também mudar o comportamento machista da sociedade. As vezes, na própria delegacia elas são maltratadas e julgadas e acabam desistindo de denunciar e voltam para casa e todas nós já sabemos o triste fim dessa história”, concluiu Rosangela.
Vocês sabiam?
A cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil. Logo 12 mil
mulheres são agredidas diariamente no Brasil;
Uma mulher é vítima de estupro a cada 9 minutos;
Três mulheres são vítimas de feminicídio a cada um dia;
Desde 9 de março de 2015, a legislação prevê penalidades mais graves para homicídios que se encaixam na definição de feminicídio – ou seja, que envolvam “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. Os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como a separação conjugal.
Texto: Priscila Praxedes / ASCOM PRB Mulher Nacional