Contra números não há argumentos
Acordo cedo. Estou trabalhando. Chego na Prefeitura do Rio de Janeiro antes das 7h e saio perto das 21h. Todos os dias. Basta perguntar aos funcionários. Trabalho desde os 14 anos. Fui oficial do Exército Brasileiro. Sou engenheiro com quase 100 obras realizadas e registradas no Conselho Federal de Engenharia. Passei 10 anos na África e dois no sertão da Bahia.
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Fui ministro e o Senador da República que nos últimos anos mais aprovou leis no Congresso Nacional, segundo o site Congresso em Foco. Para o Senado Federal fui eleito duas vezes derrotando o PMDB mais rico do Brasil. É verdade que também perdi eleições, que disputei sozinho contra esses que quebraram o Estado e estão presos, num esforço descomunal para tentar alertar o povo do Rio e evitar que fôssemos para o buraco que estamos.
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Eduardo fez muitas obras e reconheço, mas estraçalhou as finanças do município e o fundo de pensão dos aposentados deixando uma dívida impagável em meio a uma crise nunca vista. Quem diz isso são os funcionários da Controladoria e da Fazenda do Município que trabalham na Prefeitura, todos há muitos anos. E também a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
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O que me cabe, e estou fazendo, é cortar cargos e custos, negociar empréstimos e reduzir contratos. Nada de pessoal contra o simpático prefeito do “canguru perneta”. Faço votos que Eduardo Paes esclareça em breve todas as denúncias e use sua experiência para ajudar a encontrar um caminho para essa crise que ele, ainda que sem intenção, deixou no Rio. São os números. E contra números não há argumentos.
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Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella