Vamos juntos pacificar o País
O conflito e a divergência são elementos próprios das
democracias. Se houvesse uma única opinião corrente e todas as pessoas a
aceitassem de forma submissa não seria democracia, mas sim uma ditadura.
Esse antagonismo natural pressupõe a defesa de posições políticas distintas
baseada em ideologia, valores, visão de mundo e até mesmo por oportunismo –
isso de fato existe e não podemos negar.
Mesmo dentro dos partidos existem disputas por espaço, por comando e por diversos
outros motivos. Igualmente normal. Em algumas agremiações isso acontece com
mais frequência e intensidade, em outras, com menos.
O que não pode acontecer de modo nenhum e o que não podemos permitir é que
conflitos partidários interfiram no funcionamento do governo e dos trabalhos
legislativos. Quando isso começa a ocorrer é sinal de problema.
Não tenho a pretensão de dizer o que cada dirigente partidário deve fazer nem
como deve conduzir seu grupo, mas posso pedir para que as autoridades
brasileiras, qualquer pessoa investida de um cargo público, do vereador ao
presidente, optem pelo bom senso.
O Brasil tem problemas a serem enfrentados que precisam do trabalho e da
energia tanto da situação quanto da oposição. A crise econômica pela qual ainda
estamos passando demanda um senso de urgência muito forte.
É possível sobreviver e avançar na vida pública sem detratar o opositor. Mesmo
entre adversários deve haver respeito às pessoas, à particularidade de cada um
e, sobretudo, à institucionalidade dos cargos públicos. Pessoas passam, as
instituições permanecem.
Meu desejo é que nós possamos pacificar a relação político-partidária e colocar
água na fervura em vez de jogar gasolina no fogo. Temos dois meses para
terminar o ano e estou convicto de que ainda é possível avançar um pouco mais
na solução dos problemas.
Meu pedido cordial, sereno e muito respeitoso a todos os líderes é que possamos
nos ajudar para, assim, podermos juntos ajudar o Brasil. Peço aos republicanos
de todo o País, a começar por mim, que sejamos pontos de pacificação onde
estivermos.
Vamos pelo menos tentar?
Eu acredito nisso.
Boa semana a todos.
Marcos Pereira
Presidente Nacional do Republicanos
Vice-Presidente da Câmara dos Deputados