Ministro do Esporte detalha ações da pasta no Plenário da Câmara dos Deputados
O legado dos Jogos Rio 2016, os programas para o desenvolvimento do esporte social, escolar e de base, além das ações para a modernização do futebol brasileiro foram os principais temas apresentados pelo ministro do Esporte, nesta quinta-feira (28.05), durante comissão geral no plenário da Câmara dos Deputados. George Hilton destacou a importância do Legislativo para se criar uma política esportiva nacional e enumerou os projetos em tramitação no parlamento.
“Temos uma proposta na Casa que trata da medida provisória do Futebol. Em um momento delicado do futebol mundial, o governo federal se antecipou e propôs medidas para modernizar o esporte, a partir da necessidade de os clubes terem saúde financeira, com as contrapartidas colocadas no projeto”, destacou Hilton, que ainda citou a prorrogação da Lei de Incentivo ao Esporte e o futuro Sistema Nacional do Esporte como matérias que passarão pela análise dos deputados.
“Vivemos em um ciclo virtuoso com os megaeventos esportivos, desde o Pan-Americano de 2007, passando pela Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Neste ano teremos os Jogos Mundiais Indígenas, em 2016 os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, culminando com a Universíade em 2019. Neste sentido, o Ministério do Esporte é protagonista na formulação de uma política nacional e temos avançado muito neste sentido. Queremos enviar ao Congresso, até setembro, o projeto do Sistema Nacional do Esporte para que fique claro o papel de cada ente público e privado, além das fontes de fomento do setor”, declarou.
Outra frente de trabalho do Ministério do Esporte é o financiamento de projetos de clubes formadores de atletas. Em 2011, uma alteração na Lei Pelé incluiu a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) como beneficiária de 0,5% do total da arrecadação das loterias da Caixa. A inclusão foi possível porque a pasta abriu mão de parte da porcentagem que lhe cabe das loterias. No período, o montante acumulado foi de R$ 175 milhões.
“Temos parcerias com as entidades que fomentam o esporte no país, como o Comitê Paralímpico Brasileiro, o Comitê Olímpico e a CBC, para apoiar o esporte da base ao alto rendimento. O objetivo é conseguir levar a todo o país uma política que garanta acesso ao esporte, principalmente em áreas de vulnerabilidade social”, explicou Hilton, que ainda citou os programas Esporte da Escola, Segundo Tempo e Bolsa-Atleta. Este último beneficia 7.262 desportistas e teve orçamento de R$ 181 milhões no ano passado.
Legado dos megaeventos
A meta do Ministério do Esporte é aproveitar os investimentos que estão sendo realizados para receber os megaeventos esportivos e criar uma Rede Nacional de Treinamento. O secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, apresentou as estruturas que estão sendo construídas ou reformadas pelo país, com destaque para os 264 Centros de Iniciação ao Esporte (CIE).
“Os CIEs serão equipamentos para a identificação e formação de talentos. Eles representarão o maior investimento da história da pasta nos municípios, R$ 967 milhões. Esse será o primeiro estágio da Rede Nacional de Treinamento, que estará interligado a todos os programas de esporte escolar e de base do ministério”, explicou Leyser.
Segundo o secretário executivo, a Rede nacional de Treinamento formará o caminho para os atletas seguirem a carreira. “Esse é um programa de modernização da infraestrutura do esporte brasileiro, que interligará os Centros de Treinamento locais, regionais e nacionais, com estrutura para diversas modalidades, laboratórios e centros de pesquisa.”
São exemplos de Centros Nacionais: o Centro de Formação Olímpica, em Fortaleza, o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, o Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA), o Centro de Desenvolvimento do Handebol Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP), o Centro de Canoagem, em Foz do Iguaçu (PR), o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília, dentre outros.
No topo da rede, estará o Centro Olímpico de Treinamento que será formado pelas instalações esportivas que receberão os Jogos Rio 2016 na região de Deodoro e da Barra da Tijuca. Esses locais serão as sedes das seleções brasileiras de diversas modalidades e servirão como referência para a implantação de métodos de treinamento, medicina e ciências do esporte, capacitação de profissionais e intercâmbio.
Por fim, o Plano Brasil Medalhas, que tem como meta colocar o Brasil entre os dez países no quadro geral das Olimpíadas e entre os cinco nas Paraolimpíadas de 2016, representou um investimento adicional de R$ 1 bilhão no ciclo olímpico, incluindo a Bolsa Pódio a 403 atletas com chances de medalhas nos Jogos Rio.
Gabriel Fialho
Ascom – Ministério do Esporte
Fonte: ME