Tia Ju defende integração de órgãos públicos na luta para proteger a criança, o adolescente e o idoso
A presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, deputada estadual Tia Ju (PRB-RJ), reuniu-se, nesta quarta-feira (11.02), com representantes da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro para uma análise da estrutura dos órgãos ligados à criança e ao adolescente, além de reforçar o interesse de uma integração maior entre essas instituições. O encontro serviu também para pautar a reunião que a parlamentar fará com o desembargador Siro Darlan, coordenador de Articulação das Varas da Infância e da Juventude e Idoso (Cevij) do Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira (23).
“Esse encontro serve para as partes envolvidas encontrarem soluções para as leis saírem do papel e, de fato, serem aplicadas. Essa integração dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de órgãos e instituições, passou a ser a nossa meta. Acredito que vamos superar os obstáculos com menos dificuldade, impactando a sociedade e o Executivo”, comentou a parlamentar.
A deputada destacou o seu interesse em verificar a infraestrutura de instituições de menores, adolescentes e idosos, medida logo apoiada pelos defensores presentes.
“Muitas dessas instituições são um desserviço à sociedade. A criança sai muito pior, desassistida e, muitas vezes, revoltada e violenta”, analisou Tia Ju.
A coordenadora de Defesa da Criança e do Adolescente, Eufrásia Souza lembrou da falta de estrutura do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Educação, que tem a responsabilidade de promover socioeducação no Estado do Rio de Janeiro.
“Existe uma superlotação no Degase que prejudica qualquer ação socioeducativa. O sistema é uma bomba relógio”, criticou Eufrásia Souza.
Os defensores sugeriram à deputada apoio para que a lei, que proíbe a realização de revista íntima nos visitantes de presos do Estado do Rio, aprovada nessa quarta-feira (11), na Alerj, fosse estendida ao Degase. Tia Ju concordou de imediato e prometeu agilizar o projeto de lei.
“Muitos jovens pedem para a família não ir às visitas por causa da revista vexatória”, lamentou a coordenadora de Defesa da Criança e do Adolescente.