Republicanas debatem marketing político digital e Legislação Eleitoral
Marketing político digital, a lógica do eleitor e Legislação Eleitoral encerraram, nesta sexta-feira (8), o ciclo de palestras do segundo dia do II Seminário de Formação Política promovido pelo Mulheres Republicanas no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. Mais de 500 mulheres republicanas de norte a sul do país estão reunidas desde quinta-feira (7) para se capacitarem para as eleições municipais de 2020. O evento segue até amanhã (9).
No período da manhã, as republicanas participaram de palestras sobre comunicação institucional, ministrada por Helen Assumpção, coordenadora da Agência Republicana de Comunicação (Arco); conservadorismo com Elisa Carlos e Léo Resman, da Solomon’s Brain; e oratória com a comunicóloga e cientista política, Daniela Rabello.
A especialista em Marketing Digital, Natália Mendonça, promoveu palestra sobre o Marketing Político Digital e pontuou as tendências para o período eleitoral do próximo ano e a necessidade da criação de reputação antes da campanha. Ela destacou a importância das republicanas terem canais de distribuição de conteúdos próprios (sites, blogs e landing pages) e de terceiros para relacionamento e entretenimento com o eleitor, além de canais de ativação (email, Telegram, WhatsApp e chatbots). A especialista também recomendou o uso de publicidade segmentada por meio das redes sociais como Facebook, Instagram, YouTube e Google e o uso do remarketing. “Um dos segredos de uma campanha de sucesso é saber segmentar seu conteúdo. Outro ponto é que você precisa saber o que o seu eleitor quer e produzir conteúdo para atender as suas expectativas e anseios”, disse.
Mendonça também pontuou que as pré-candidatas devem pensar em qualidade de conteúdo e elencou erros cometidos por quem pleiteia um cargo político. “Artes de celebrações sem contexto com a própria pauta, agendas sem propósito, informações e textos sem contexto jornalísticos são erros comuns. É preciso pensar na qualidade do produto a ser divulgado, pois quantidade não gera voto”, acrescentou. A especialista também deu dicas de como construir seu público-alvo para as eleições, além da necessidade de um planejamento para a campanha.
“Invista em eventos presenciais, porta a porta, ceda seu número de WhatsApp, petições online, pesquisa local com formulários e outros. Faltam 331 dias para as eleições e cada ato de comunicação pode fazer a diferença no processo de escolha do eleitor”, acrescentou.
A segunda palestra do turno vespertino ficou por conta do diretor da Faculdade Republicana, o cientista político Leonardo Barreto, que ministro o tema “A lógica do eleitor”. Ele destacou que parcela considerável da população brasileira não entende como funciona o processo político, e tal desinformação gera descrédito com a política. “Muitas pessoas estão desacreditadas e decepcionadas com a política brasileira. É necessário que essas pessoas voltem a dar um voto de confiança e esperança, mas para isso elas precisam saber como funciona esse processo, o porque da política”, disse.
Barreto frisou, ainda, que para uma campanha exitosa é necessário uma preparação prévia. “Planejamento é fundamental e o seu cuidado com a preparação de uma eleição precisa ser imenso e ter check-list. Outra questão que você deve-se perguntar: porque quero ser candidata? Você também precisa saber responder os questionamentos dos seus eleitores, você precisa se dedicar a responder questionamentos e definir objetivos”, disse.
O encerramento do ciclo de palestras ficou a cargo da professora de direito da UERJ, Vânia Aiêda, com a palestra “Legislação Eleitoral”. Ela destacou que o Republicanos está adiantado ao realizar o evento de capacitação das mulheres. “A regra da promoção e difusão só vai valer a partir do ano que vem, mas o partido larga na frente”, disse Aiêda ao se referir à exigência do TSE do uso de 5% dos recursos do fundo partidário para a promoção de mulheres na política.
Ela destacou, ainda, que as republicanas saem do evento com a missão de ouvir outras mulheres, a olhar e a enfrentar os problemas mais frequentes em suas comunidades. “Se as mulheres estiverem bem, com saúde, educadas, mais qualificadas, bem empregadas, suas famílias florescerão e com isso, os municípios também florescem”, disse.
Texto: Agência Republicana de Comunicação (Arco)
Fotos: Douglas Gomes