“O modelo tradicional de fazer política está desgastado”, diz Jorge Costa
Jorge Costa, eleito vice-prefeito de Barra Mansa, em 2012, acredita que o modelo tradicional de se fazer política no país está extremamente comprometido. Engajado com as causas sociais, desde seu primeiro mandato, como vereador, em 2004, é crítico em relação aos políticos que não cumprem o seu papel e deixam a desejar em relação ao povo.
“Sempre gostei de política, atuava como coordenador político, mas nunca pensei que seria eleito a um cargo eletivo”, comenta Costa.
Em entrevista ao PRB/RJ entre outros assuntos, ele falou sobre o novo perfil do eleitor, reforma política e crescimento do PRB.
PRB/RJ – Como é o seu dia a dia, como subprefeito, em Barra Mansa? Quais são as prioridades do seu trabalho?
Jorge Costa – A prioridade, como vice-prefeito é servir as pessoas que necessitam dos mais variados tipos de ajuda. Atendemos muitos pedidos no sentido coletivo, o que nos dá satisfação porque entendemos que não estamos fazendo favor, e sim cumprindo o nosso papel.
Mas, não são poucos os casos que ajudamos de forma personalizada, seja na saúde, educação etc. Tentamos ajudar em todos os aspectos.
PRB/RJ – O senhor comentou que o perfil do político tradicional está fragilizado. Por quê?
JC - O eleitor está decepcionado com o político tradicional. Quando ele vai à rua protestar, é uma forma de dizer que deseja a reforma política. As pessoas estão saturadas de tantos escândalos, que muitas vezes não são investigados.
PRB/RJ - O povo foi às ruas, após as eleições estão acontecendo alguns movimentos e protestos. Acredita que a população tenha força para impulsionar o quadro ainda sombrio de escândalos e tanta corrupção no país?
JC – Antes haviam escândalos que não eram investigados, tudo era jogado para debaixo do tapete. O povo não aguenta mais isso, está sem esperança. O movimento nas ruas foi muito importante.
Quem saiu pacificamente fez o seu papel. Deixando claro que as manifestações com quebra-quebra e bandalheira foram lamentáveis. Mas, é preciso dar respostas à população.
PRB/RJ - O que de efetivo o senhor acredita que possa ser feito para estas respostas chegarem ao povo? A Reforma Política é um destes passos?
JC – Não basta apenas fazer uma reforma política, enquanto estas forem apenas em leis. O povo quer saúde, educação, moradia, transporte público de qualidade, porque já está cansado de promessas. Os políticos tradicionais, detentores de mandatos, terão que fazer uma reflexão, pois as pessoas querem mudanças de verdade. As abstenções, votos em branco e nulos, sinalizam que o povo disse não ao que está errado.
PRB/RJ – Em relação aos partidos políticos, qual deve ser o posicionamento daqui em diante?
JC – Os partidos políticos terão que acompanhar esta demanda que vem do povo. Mas, esta já é uma preocupação do PRB, que é um partido novo, limpo e sério. Sempre preocupado com as causas sociais.
PRB/RJ – E quanto ao crescimento do PRB, que saiu da classificação de muito pequeno para médio?
JC – Estamos subindo os degraus, as pessoas começam a perceber que os candidatos eleitos pelo PRB são pessoas sérias.
Aqueles que se preocuparam em investigar e conhecer melhor os partidos e os candidatos votaram PRB. Deixamos de ser um partido muito pequeno para médio e temos certeza de que cresceremos muito mais.
PRB/RJ – Em relação ao trabalho desenvolvido em Barra Mansa? O que a população, o eleitor podem esperar?
JC – Trabalho sério e muito comprometimento. Disputamos as eleições em 2008 e em 2012. Fizemos o vice-prefeito e um vereador. Crescemos. Claro que está muito distante daquilo que queremos, mas estamos no caminho certo.
PRB/RJ O que lhe inspira mais na política?
JC – Poder ajudar as pessoas, não é assistencialismo, mas ajudá-las no coletivo. Quando o trabalho é feito com o objetivo de alcançar o coletivo é muito gratificante. E isto, independente de condição social, raça ou religião. É como a história do beija-flor. A floresta estava pegando fogo e o beija-flor ia até o rio e trazia em seu bico um pouquinho de água. Um outro pássaro lhe disse que ele não conseguiria apagar o incêndio, mas ele disse: “A minha parte eu estou fazendo”. Na política, quando vc faz a sua parte, ainda que não resolva, está ajudando na construção de algo maior, sólido e em favor do bem comum. Quem ingressa na política tem que ter esta vocação. O dia em que todos tiverem esta mentalidade teremos uma nação melhor.
por Mônica Soares
ASCOM PRB/RJ