EM BRASÍLIA, ROSANGELA COLOCARÁ GABINETE À DISPOSIÇÃO DO PORTO DO AÇU
Durante reunião da Comissão Especial para Acompanhar os Investimentos no Complexo Logístico Portuário do Açu, presidida pelo deputado Roberto Henriques, na manhã de terça-feira, 11 de novembro, a deputada Rosangela Gomes, eleita deputada federal, ofereceu seu gabinete em Brasília ser interlocutora junto ao governo federal.
O chamado superporto do Açu é localizado em São João da Barra, no norte do Estado, e foi construído pela empresa LLX Logística S.A., como parte de um projeto maior do grupo do empresário Eike Batista. Com localização estratégica para a indústria do petróleo, está próximo às bacias de Campos e do Espírito Santo, e pode utilizar a como base também a Bacia de Santos.
Ele pretende servir como centro logístico de exportação e importação para as regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, com a possibilidade de escoar produtos pela costa do país através de serviços de cabotagem.
Considerado por muitos como maior investimento em infraestrutura portuária das Américas, foi lançado por Eike Batista e pela governadora Rosinha Garotinho no final de 2006. Seus canais de navegação possuirão 21 metros de profundidade, com previsão de ampliação para 26 metros, permitindo a atracação dos Chinamax, maiores navios de carga do mundo. Contará com 10 berços para atracação de navios dos mais variados tipos (graneleiros, petroleiros, embarcações de apoio etc.) podendo chegar a ter 30 berços no futuro.
A ponte de acesso tem 2,9 km de extensão e foi montada sobre 662 estacas fincadas no fundo do mar, estacas estas que, se fossem enfileiradas, somariam a distância de 38 mil metros. Tem 27,5 metros de largura, permitindo a circulação de caminhões pesados. Além disso, terá instaladas poderosas esteiras para transporte de minério.
Empreendimentos junto ao Porto
O Superporto do Açu foi idealizado segundo o conceito de porto-indústria, desenvolvendo diversos empreendimentos em paralelo ao porto propriamente dito, firmando-se como um eficiente elo do comércio internacional. Os empreendimentos incluem diversas outras empresas do grupo EBX, destacando-se um estaleiro da OSX, duas usinas termelétricas da MPX, base operacional da OGX .
Empresas de infraestrutura porturária, unidade de tratamento de petrólego, terminal de minério, siderúrgica, estaleiro e cimenteira estavam entre os empreendimentos programados para serem instalados.
Se todas as negociações anunciadas se confirmarem serão investidos de maneira direta, através de agentes públicos e principalmente privados, aproximadamente US$40 bi na região, alterando radicalmente o perfil demográfico, social e principalmente econômico do Norte Fluminense.
Espera-se que no auge da fase operacional sejam gerados 50 mil empregos diretos na área do porto. No intuito de atrair mais empresas para o Complexo do Açú, a Prefeitura de São João da Barra promulgou Lei Municipal, contemplado o Complexo Portuário do Açu com a condição de Distrito Industrial. As empresas que ali se instalarem ainda contarão com incentivos fiscais relativos ao ICMS do norte fluminense.