Vencedor na vida e nas urnas
Os dias que antecederam a cirurgia de transplante de rim foram de expectativa para o carioca Roberto Sales. Ele não entendia o motivo, mas sabia que daquela experiência tiraria uma grande lição. Quase 4 anos após ter sido submetido ao transplante, foi eleito deputado federal com 124.087 mil votos, o 1º em número de votos pelo PRB/RJ e o 5º no ranking do PRB Nacional.
“Agora entendo que aquela experiência me faria compreender o sofrimento dos que dependem de um transplante. E, hoje, como deputado federal, lutarei por esta causa, sei da importância desta questão para as pessoas”, afirma o deputado.
Em entrevista ao PRB/RJ, Roberto Sales, que é formado em administração de empresas, fala dos projetos que pretende desenvolver na Câmara Federal e sobre a imensa gratidão aos eleitores fluminenses.
PRB/RJ– O senhor comentou que teve muitas surpresas no seu dia a dia durante a campanha nas ruas. O que mais lhe chamou atenção?
Roberto Sales – Foi ver a situação das pessoas nas filas dos hospitais, as queixas sobre desemprego. Elas estão muito sem esperança e queixam-se de muitas outras questões.
PRB/RJ– Qual era a maior demanda das pessoas? O maior apelo do povo?
RS– As reclamações constantes sempre foram saúde e educação. Na saúde, são milhares de pessoas na fila para fazer exames e cirurgias. Também ouvi muitas queixas sobre o primeiro emprego. Observei que a questão esbarra na falta de capacitação e qualificação, com isso a dificuldade aumenta.
PRB– Roberto Sales, eleito com 124.87 mil votos. Esperava votação tão expressiva na sua estreia?
RS– Eu tive um bom retorno nas ruas, estava trabalhando para alcançar um bom resultado, mas não esperava ficar em 1º lugar no PRB/RJ, em 5º lugar no ranking do PRB Nacional.
PRB– E agora deputado? Quais são os seus planos?
RS– Começar a trabalhar pelas propostas pelas quais falei que lutaria. Vou trabalhar para que os idosos tenham tratamento diferenciado nos hospitais. Para que os jovens tenha acesso ao primeiro emprego, para que haja mais celeridade na captação de órgãos.
PRB– De que forma pretende conseguir maior celeridade na captação de órgãos?
RS– A fila de transplante, no Rio de Janeiro, é muito grande porque não existe um padrão para agilizar a captação de órgãos. O ideal seria ter um centro de captação nos hospitais para fazer as ocorrências. Profissionais preparados poderiam abordar os familiares da vítima quando ocorresse a fatalidade. Meu objetivo é visitar estes hospitais, observar se há profissionais habilitados, se houvessem centros de captação em cada hospital com assistentes sociais e outros profissionais treinados, a abordagem seria diferente e as pessoas entenderiam o valor de ser doador. Lutarei para que isso se torne realidade.
PRB/RJ– Quando nasceu o seu interesse pelo tema?
RS– Sou transplantado, recebi um rim do meu pai. Passei pelo drama e sei a luta e a dor de quem passa pelo tratamento e está na fila do transplante. Tenho certeza de que o meu trabalho, em função da rapidez na captação de transplante de rins, será muito produtiva. Eu consegui o transplante, mas muitos morrem na fila esperando um órgão. Não há como não me preocupar com esta questão, que foi um drama vivido por mim.
PRB/RJ– E quanto ao projeto do primeiro emprego jovem? Fale um pouco sobre de que forma pretende atuar?
RS– Temos, no País, milhares de jovens que não têm emprego. Eles estão ociosos, sem um norte para sua futura carreira. Existem várias leis para beneficiá-los a conseguir o seu primeiro emprego, mas, muitas vezes, não são cumpridas. Pretendo ajudá-los, orientando as empresas que não estão contratando para que obedeçam a lei. Montaremos um grupo de trabalho dedicado a esta questão. Eles visitarão as empresas e farão este importante trabalho. Tenho certeza de que muitos jovens serão beneficiados.
PRB/RJ– O senhor foi secretario da Pesca, em São Gonçalo. Tem algum projeto em relação a este segmento?
RS- Ali, no município de São Gonçalo, observei que os pescadores têm muitas dificuldades. Existem problemas sérios relativos à segurança, direitos destes profissionais, que não são respeitados. Muitos não têm um píer de atração, faltam condições de segurança nas embarcações e consequentemente para desenvolverem o trabalho. O meu objetivo será estreitar a relação entre as associações com a superintendência, porque existem muitos conflitos que precisam ser resolvidos. Já estou visitando os municípios, identificando que problemas têm ocorrido, para que possamos unir forças.
PRB/RJ– Será um mediador?
RS– Esta é a intenção. Como mediador entre pescadores, associações e colônias, tenho certeza de que conseguiremos mais benefícios. Algumas associações, por exemplo, precisam de uma máquina de farinha de peixe. Porque existe uma grande preocupação em relação aos resíduos do pescado. Mas, muitas não possuem documentação habilitada para receber este equipamento do Ministério da Pesca. Eu e minha equipe estaremos assessorando as associações e secretarias de pesca, a fim de que haja uma melhoria na qualidade de vida do pescador.
PRB/RJ– O senhor sempre manifesta a sua preocupação com o tratamento dado aos idosos, nos hospitais. De que forma pretende melhorar esta questão?
RS– O idoso não tem preferência no atendimento nos hospitais. A preferencia é do mais novo. Imagine se no Rio de Janeiro tivéssemos vários hospitais geriátricos? Se mapeássemos quantos idosos temos no Rio, checássemos a real necessidade e apresentássemos a presidente um projeto de construção de hospitais que atendesse a esta faixa etária? Creio que seria muito proveitoso.
PRB/RJ– As malas já estão prontas para ir para Brasília? E o seu trabalho no Rio de Janeiro? De que forma pretende se organizar para dar continuidade?
RS– Estamos nos preparando para este desafio de representar os nossos eleitores em Brasília. Darei continuidade e atenção ao município de São Gonçalo e capital, onde estarei atendendo, ouvindo as pessoas. Acho que um trabalho assertivo se dá quando ouvimos as demandas das associações, presidentes de sindicatos etc. Vou por em prática os projetos que serão interessantes, não só para o Rio de Janeiro, como para todo Brasil. Se estas 124 mil vozes me escolheram para representá-los, tenho a obrigação de lutar por elas. Muito obrigado pela confiança, agradeço o carinho das ruas, o retorno nas redes sociais, o incentivo diário. Tenham certeza de que vou representá-los em Brasília.
Mônica Soares
Ascom PRB/RJ