Crivella debate ciência e tecnologia e segurança na Academia de Filosofia
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Candidato ao governo do estado, o senador Marcelo Crivella esteve na noite desta quarta-feira (30), na Academia Brasileira de Filosofia, para debater ciência e tecnologia e segurança pública, sendo recebido pelo presidente da instituição, João Ricardo Moderno.
Estudioso de ciência e tecnologia, Maurício Grinberg admitiu que os governantes falham em relação a este setor. Segundo ele, o estado do Rio tem potencial para ser a capital tecnológica do país.
– Os governantes precisam se preocupar mais com ciência e tecnologia. Menos mal que sabemos que o senador Crivella tem a mente aberta para essa questão – avaliou Grinberg, lembrando que o Brasil é um dos países que mais produzem cientificamente e, ao mesmo tempo, um dos mais atrasados países em registros de patentes.
Em sua apresentação, o vice-presidente da Academia, Nelson Melo Souza lembrou que na década de 60 a Coreia do Sul era um país eminentemente de pescadores, pobre, e tinha renda per capita inferior à do Brasil, e 30 anos depois já tinha dado um salto gigantesco, tornando-se hoje um dos líderes mundiais em tecnologia de ponta.
Crivella apontou o dedo na maior ferida dos governantes: a falta de líderes políticos:
– Temos recursos naturais que Deus nos deu. Falta a classe política se organizar um pouco. Na área de segurança, por exemplo, fizemos as UPPs, que é um modelo que precisa ser mantido, mas temos apenas 600 delegados quando precisamos de 900; e faltam 3 mil técnicos na Polícia Civil. Todos os batalhões de polícia estão com os efetivos reduzidos. Em Nova Iguaçu, existe um batalhão com 350 homens para 1 milhão de habitantes. Desse jeito, como vamos dar segurança para a população? Nosso problema é eminentemente político – diagnosticou Crivella.
Moderno criticou a divisão dos recursos do orçamento do estado para a Uerj:
– A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) recebe 6% do orçamento do estado. Quando criaram a Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), ela ficou com uma parte desse percentual. Se resolverem criar uma outra universidade estadual, sangrarão ainda mais a Uerj, que tem tudo para ser uma das universidades mais importantes do mundo. Mas existem muitos problemas, como a política partidária que se trava lá dentro – observou Moderno.
Crivella terminou sua apresentação mostrando que é possível fazer um governo diferenciado:
– Temos tudo para fazer um governo diferente de tudo que está aí. Precisamos abrir as portas do Palácio para o bom senso, pagar bons salários. É possível! – argumentou Crivella.
Fonte: crivella10.com.br