Crivella agradece à população do Rio pela confiança do voto
O candidato à reeleição a prefeito do Rio, Marcelo Crivella, agradeceu, na manhã desta segunda-feira, 16/11, a confiança dos eleitores que o levaram ao segundo turno e adiantou que, nesta nova fase, sua campanha terá como foco o combate à corrupção.
“O que nós queremos para a nossa cidade? A volta da corrupção, da negociata, das obras combinadas, do secretário de Obras com 76 anos de cadeia? Do secretário de Saúde com bens indisponíveis, entre outras dezenas de secretários e funcionários envolvidos em corrupção? Uma dívida gigantesca para pagar? Ou vamos continuar erguendo nossa cidade sobre a rocha, com toda a luta, com toda a dificuldade, mas de maneira honrada e digna?”, perguntou.
Após pôr as duas opções em questão na entrevista aos jornalistas, no comitê na Barra da Tijuca, Crivella acusou a gestão de Eduardo Paes, ex-prefeito e seu adversário nesta disputa, de fazer o governo mais corrupto da história da cidade.
“Nós temos um mandamento: ‘não roubaras’. A honestidade é uma virtude real, e o governo do Eduardo Paes foi o mais corrupto da história do Rio de Janeiro. Não houve governo com maior índice de corrupção. Nós tivemos as delações na Lava Jato com relação às Olimpíadas, e nenhuma obra escapou. Nós vamos voltar ao governo mais corrupto porque o IBOPE diz que ele vai ganhar? Ou por que ele é o candidato da Globo? Não, a população do Rio de Janeiro não vai fazer isso. Acredito no povo carioca”, afirmou o candidato.
Acompanhado de sua vice, a tenente-coronel Andrea Firmo, Crivella mostrou-se confiante e agradeceu o voto do presidente Jair Bolsonaro.
“Quero agradecer em primeiro lugar a Deus. Ontem celebramos a democracia, agradeço por estar no segundo turno com a minha companheira (Andrea Firmo), e agradeço aos eleitores, que, contrariando as pesquisas e as previsões pessimistas, mostraram que, mesmo na pandemia, foram votar conosco por acreditarem no nosso projeto, nas nossas propostas”, afirmou.
Na presença da imprensa, o candidato fez duras críticas às pesquisas e propôs uma reflexão sobre os números.
“A pesquisa aponta um candidato com em 60% de rejeição, mas entre os eleitores, todos sabemos que 45% não vão votar, votam em branco ou nulo. Essa turma toda então não rejeita o candidato? Sim, mas será que a rejeição matematicamente correta, representa a realidade? Quando você faz uma pesquisa e coloca 40% das pessoas com nível superior na amostra, é isso que temos no Rio de Janeiro? Não, e o IBGE fala em 12%, mas os institutos colocam 40%, como o DataFolha e o IBOPE. Isso projeta no coração das pessoas que um candidato tem mais perspectivas que outro.”
Crivella ressaltou que o Ministério Público Eleitoral concordou que a amostra formada não era de acordo com o previsto pelo IBGE e o Tribunal Superior Eleitoral.
“O Ministério Público Eleitoral pediu que as pesquisas não fossem divulgadas, pelas questões que levantei aqui, mas a Dra. Regina Lucia Chuquer não retirou. Espero que agora ela possa rever. Estavam dando 11% para mim, dizendo que a Martha Rocha ia passar, e batemos 20%. O dobro. Falamos que tinham erros nas pesquisas, e então por que não consertaram?”, questionou.