Comissão da Alerj convida para Audiência Pública do idoso
A Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Alerj, através da presidente, a deputada estadual Tia Ju, realizará, na próxima terça-feira (11), a Audiência Pública: Valorização da pessoa idosa e cumprimento do Estatuto do Idoso, que será realizada na Assembleia Legislativa, às 13h, no auditório Nelson Carneiro. Na ocasião, serão apresentados projetos da parlamentar e ações da Comissão para efetivação de políticas públicas voltadas para essa população, além de apresentação de Tai chi chuan, do grupo da Terceira Idadee do Município de Queimados.
“Para garantir o envelhecimento da população de forma saudável e tranquila, com dignidade, sem temor, opressão ou tristeza, precisamos trabalhar intensamente na prevenção da violência, na identificação e no encaminhamento correto dos casos e no cumprimento da lei. A Audiência Pública é para discutir e analisar políticas públicas que gerem o bem estar dos idosos, além de avaliar o implemento do Estatuto”, disse a deputada.
Tia Ju acrescenta que é necessário desenvolver na sociedade o sentimento da importância do idoso, para além da idade produtiva e reprodutiva.
”Apesar da pessoa idosa não estar mais no mercado de trabalho, ela tem uma memória, uma sabedoria a ser explorada. Temos que dar um sentido, uma razão para viver a essas pessoas”, afirmou.
Para a deputada Tia Ju, o desafio de cuidar dos idosos não é só do Estado, mas de toda a sociedade civil. Segundo ela, as pessoas precisam tomar consciência desse processo.
“As pessoas não estão se preparando psicologicamente para compreender e assumir o envelhecimento. Existe uma negação, as pessoas querem continuar jovens. Com isso, é muito mais difícil definirmos o perfil do que será o espaço mais adequado para que possamos ter essa convivência”, explicou.
Segundo dados do Disque 100, serviço de recebimento de denúncias contra violações de direitos humanos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em 2014, houve 27.178 denúncias de abusos contra a pessoa idosa. As mais recorrentes são de negligência, 20.741 denúncias (76,32%), violência psicológica, 14.788 (54,41%), abuso financeiro e econômico, 10.523 (38,72%), violência física, 7.417 (27,29%) e violência sexual, 201 denúncias (0,74%). Entre as violências menos denunciadas estão a violência institucional, discriminação, outras violações ligadas a direitos humanos, trabalho escravo e torturas.
O levantamento mostra ainda que 76,48% das violações denunciadas são cometidas nas casas das vítimas; e em 51,55% dos casos denunciados, os próprios filhos são os suspeitos das agressões.