A praga da corrupção
O Brasil acompanha atento os desdobramentos da famigerada Operação Lava Jato, que na última sexta-feira (6) teve revelados os nomes dos 47 políticos investigados por supostos crimes de corrupção envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras.
Ao mesmo tempo em que me alegro ao ver que não há um único parlamentar do PRB envolvido neste ou outro escândalo, me preocupa o fato de integrarem a lista figuras tão importantes no cenário político brasileiro, citadas nas delações premiadas.
Como advogado, quero ressaltar o seguinte: ainda não há nenhum culpado. Não houve julgamento. Portanto, por enquanto, os nomes trazidos a público encontram-se na condição de investigados. Alguém só pode ser considerado culpado quando do processo chega ao fim, isto é, ocorre o trânsito em julgado da decisão judicial.
Esse é um cuidado que precisa ser tomado tanto pela imprensa, que são os olhos e ouvidos da nação, e da própria população, que merece fazer juízo de valor baseada em fatos concretos. A caneta pode ser mais perigosa que uma bala. Pode “matar” uma pessoa várias vezes em vida.
Todos esses acontecimentos, independente dos eventuais julgamentos que virão, por si só já são uma tragédia para a política brasileira. O desgaste dos políticos, que aparenta ser irreversível, embora a gente siga lutando, tende a piorar um pouco mais. É a famosa “pá de cal”.
Desde o fim de janeiro tenho ido aos estados dar posse a 10 novos presidentes regionais do PRB. O meu discurso em todos os eventos tem sido o mesmo: “Vamos resgatar a prática da boa política”. O cidadão de bem precisa se empenhar nisso. Não dá pra esperar cair do céu.
Como fazemos isso? Imagine um copo com água suja. Só vamos conseguir eliminar a sujeira quando a água limpa for jogada dentro do copo. Da mesma forma, só vamos expulsar os corruptos da vida pública quando ocuparmos os espaços que ora eles estão ocupando.
É um processo lento que passa inclusive pela educação da nossa sociedade. Tenho dito regulamente nos meus canais sociais que o cidadão comum também precisa mudar de pensamento e comportamento. O “jeitinho brasileiro” é uma praga social que mata o País aos poucos.
Como presidente nacional do PRB, falo em nome dos 21 deputados federais, um senador, 32 deputados estaduais, 79 prefeitos, 1204 vereadores e milhares de filiados em todo o Brasil: queremos que todos sejam investigados e os eventuais culpados sejam exemplarmente punidos.
O PRB não compactua com qualquer tipo de corrupção. Não teríamos o menor receio de cortar na própria carne se fosse o caso, mas tudo com justiça. E não permitiremos que atos como os que estão sedo denunciados permeiem pelas fileiras do partido. Não fazemos dos interesses públicos um negócio.
Dia da Mulher
Quero aproveitar esse momento para desejar – de maneira atrasada – um Feliz Dia da Mulher, que foi comemorado ontem. Como tenho dito, no PRB a mulher não é uma cota, é uma necessidade. Não é exceção. É a regra. Parabéns!
Marcos Pereira – presidente nacional do PRB