Museu do Universo encanta visitantes com experimentos interativos
Que tal tirar um dia para viajar pela história da Astronomia e conhecer os planetas de uma maneira que nem os livros são capazes de mostrar? Essa aventura existe e está ao alcance de todos no Museu do Universo, inaugurado em 1998 no Planetário da Gávea, Zona Sul da cidade. Esse foi o programa escolhido pelas amigas Julia Bucker e Ana Cristina Poeck, ambas com 32 anos. Moradoras daquele bairro, elas tiraram uma tarde para retornar ao Planetário, local muitas vezes frequentado por elas quando crianças. Dessa vez, o passeio teve um gostinho especial: Sophie, de três anos e meio, filha de Ana Cristina e afilhada de Julia, conheceu o local pela primeira vez. Diante dos planetas, naves e estrelas do museu, o encantamento da menina não poderia ter sido maior.
– É um espaço muito legal. Minha afilhada curtiu muito ser uma astronauta por um dia. Ela adorou o vídeo sobre os planetas, que assistimos como se estivéssemos dentro de uma nave. Também gostou muito de uma máquina que simula a temperatura dentro de uma cápsula – disse a madrinha.
Para Ana Cristina, que pretende retornar ao Planetário com a filha, espaços como esse são fundamentais para despertar nas pessoas uma rotina cultural:
– Minha filha ainda é pequena e não compreende muita coisa. Por isso, quero voltar outras vezes com ela para que possa entender a dimensão disso aqui. É um lugar muito importante para a história da cidade. As pessoas precisam adquirir o costume de visitar museus e espaços como o Planetário.
O primeiro piso do Museu do Universo é composto por mais de 50 experimentos interativos, divididos em três temas: Astronomia Fundamental, Astrofísica e Nave Escola. O maior destaque do pavimento é, sem dúvida, o último. Caracterizado como uma nave espacial, o equipamento reúne experimentos dedicados ao conhecimento do Sistema Solar, da Cosmologia, da pesquisa espacial e das condições astronômicas para o surgimento da vida no Universo. Nesse espaço é possível, ainda, simular o peso do visitante em diversos planetas.
Para falar de Astronomia e a Astrofísica, o pavimento oferece atrações através das quais é possível conhecer as fases da Lua, do Sol, as estações do ano, marés e fazer demonstrações em um telescópio.
Moradores de Brasília, o casal José Carlos de Oliveira Amaral e Karine Cabral Pires, de 32 e 30 anos respectivamente, visitaram o Museu do Universo pela primeira vez e se disseram encantados com as instalações do prédio. Para José Carlos, a preocupação demonstrada com o aprendizado do visitante é o grande diferencial do Planetário do Rio em relação aos demais:
– É um lugar que, além de bonito, é bem explicativo. Gostei muito, especialmente, do simulador de solstício e equinócio.
Ao seu lado, Karine fez coro com o namorado e disse que pretende voltar ao Planetário da Gávea outras vezes:
– A organização me surpreendeu, além da interatividade que os experimentos oferecem, especialmente sobre a Via Láctea. Voltarei com certeza!
O Museu do Universo também abre suas instalações a exposições. Atualmente, no segundo e terceiro pisos, o público pode visitar as mostras “O Universo Deslumbrante” e “Expoluz”. A primeira, em homenagem aos 50 anos do Observatório Europeu do Sul (ESO), retrata em 38 fotografias as descobertas fascinantes do espaço e os grandiosos equipamentos que permitiram o aprofundamento do conhecimento astronômico. O ESO tem contribuído com importantes descobertas a partir de seus três observatórios, localizados no deserto do Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor.
Na mostra, o visitante conhece um pouco do legado do Observatório, através de imagens captadas pelos telescópios construídos nos locais que apresentam as melhores condições de observação. Entre elas, a Nebulosa Cabeça de Cavalo, da Galáxia Centaurus A e o Aglomerado Árvore de Natal.
Já a “Expoluz” comemora o Ano Internacional da Luz, decretado pela UNESCO em 2015. Três painéis contemplam a trajetória e a importância dessa onda eletromagnética para a humanidade.
– O Museu do Universo disponibiliza mais de 50 experimentos interativos sobre Astronomia, permitindo que o público tenha contato com fenômenos astronômicos, tanto corriqueiros como as fases da lua ou estações do ano como os mais complexos, como a evolução das estrelas ou a origem do Universo. A maioria dos frequentadores do Planetário, cerca de 200.000 por ano, é constituída por estudantes que, além de compreender mais facilmente os temas abordados em sala de aula, têm o interesse despertado para as ciências – disse o diretor de Astronomia do Planetário, Fernando Vieira, acrescentando que, ainda este ano, o Museu do Universo passará por uma reformulação para ficar ainda “ainda mais interativo e dinâmico”.
O Museu do Universo também é reconhecido pelas Sessões de Cúpula, muito procuradas pelo público. Atualmente, o local dispõe de duas cúpulas: a Galileu Galilei e a Carl Sagan. Ambas são equipadas com modernos projetores e oferecem ao público conforto e uma incrível experiência de contato com a Astronomia.
A Galileu Galilei, com disponibilidade para 90 lugares, foi reformada em 2011 e proporciona aos visitantes uma experiência de imersão por meio de uma moderna tecnologia de projeção, realizada em formato 100% digital fulldome. Diferentemente de uma sala de cinema, onde a tela fica à frente de todos, na Galileu Galileu, a tela fica ao redor do público.
Já a Carl Sagan, com 260 lugares, é a mais antiga, inaugurada em 1998, juntamente com o Museu do Universo. O visitante, acomodado em poltronas reclinadas, assiste às projeções realizadas por um sistema de lentes que simula o céu noturno estrelado.
O Museu do Universo abre de terça a sexta-feira, das 9h às 17h e, nos fins de semana e feriados, entre 14h30 e 17h. O ingresso custa R$ 13 (R$ 6,50 a meia-entrada). Já as sessões de cúpula acontecem nos fins de semana, às 15h, 16h e 17h, com ingressos a R$ 26 (R$ 13 a meia-entrada). A venda dos bilhetes é interrompida dez minutosantes do início de cada sessão. A temperatura média das cúpulas é de 18 graus, sendo recomendável que os visitantes levem agasalhos.
Os ingressos podem ser adquiridos diretamente no Museu do Universo ou pela internet. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 2088-0536/0539. O Museu do Universo fica na Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100, ao lado da PUC-Rio.
Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro