Frente Parlamentar da Alerj discute humanização na Segurança Pública do Estado
O deputado Danniel Librelon (REP), realizou nesta segunda-feira (20), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), uma reunião da Frente Parlamentar pela Humanização e Atenção dos Atendimentos nos Serviços Públicos em Geral. Na pauta, foram discutidos os desafios para aprimorar e humanizar o ambiente de trabalho e a entrega dos serviços prestados pelos agentes de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Librelon destacou que o objetivo da reunião foi dar voz a todos os lados e assim, na condição de parlamentar, propor ações através de políticas públicas que possam beneficiar não só o servidor, mas também a população como um todo.
“Retornamos com essa Frente Parlamentar na 13ª legislatura, justamente porque ela apresentou ótimos resultados no nosso primeiro mandato. Essa reunião foi bastante proveitosa pois se tratando de Segurança Pública, a gente consegue ouvir tanto a população, quanto os órgãos envolvidos”, explicou.
O deputado Luís Silva, parlamentar do estado do Amazonas, compartilhou suas experiências da Assembleia do seu estado e elogiou o trabalho da Frente Parlamentar da Alerj.
“Se o servidor não estiver bem cuidado e amparado, ele não vai render na sua função. Costumo dizer que se a gente tem um servidor bem tratado, o prédio pode estar caindo aos pedaços, mas ele vai dar o melhor. Isso é humanização”, atentou.
Viviane Albuquerque, que representa o setor dos Desaparecidos do Disque Denúncia, afirmou que sente falta de um treinamento adequado no quesito humanização para os servidores de modo geral.
Forças Policiais e a saúde mental
Um dos pontos abordados no encontro, foi a saúde mental do policial, e quanto isso pode impactar diretamente no desenvolvimento da sua atividade.
Renato Neto, que estava representando o Secretário de Estado da Polícia Militar, o coronel Luiz Henrique Pires, pontuou que a instituição tem trabalhado para o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi assinado em 2015 com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
“Estamos evoluindo ano a ano na questão do atendimento à sociedade e do apoio ao nosso policial. Além disso, teremos até o final do primeiro semestre, a criação de um núcleo psiquiátrico da saúde do policial militar “, afirmou.
Representante do Sindicato dos Policiais Civis, Márcia Bezerra, salientou o baixo efetivo da corporação.Segundo ela, esse problema está diretamente ligado a demora nos atendimentos nas delegacias do estado.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem de Advogados do Brasil (OAB-RJ), Diego Piasabussu, destacou que é importante discutir Direitos Humanos e Segurança Pública lembrando o princípio da universalidade.
“Muitas pessoas não sabem o que significa Direitos Humanos, mas não podemos deixar de frisar, que ele é para todos. E quando essa Frente Parlamentar se propõe a ouvir todos os atores envolvidos nesta temática, acredito que estamos no caminho certo”, pontuou.
No fim do encontro, Librelon enfatizou que é preciso entender que a qualidade da prestação de serviço está ligada à condição básica a qual o servidor é submetido.
“Fazendo essa análise conseguimos ter a noção do que precisa ser melhorado. Neste encontro, recebemos várias demandas e o nosso mandato se comprometeu a levá-las ao governador que tem procurado de uma forma humanizada, atender ao Legislativo e a população. Por isso, nosso objetivo com essa Frente é humanizar. Tanto o lado do servidor público quanto o lado da população, concluiu.
Também estavam presente na reunião, representantes do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI-RJ), além da ONG, Mães Virtuosas, e da República.Org
Foto: Gabriel Amaurício