I Fórum de Parkinson acontece em Volta Redonda
A Secretaria de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos (Smidh), em parceria com o vereador pastor Washington Uchôa (PRB), promoveu o I Fórum de Parkinson na última quinta-feira, dia 25, no auditório do IFRJ(Instituto Federal de Educação do Estado), como subsídios para políticas públicas em prol da população que sofre da doença.
O Parkinson é uma doença neurológica que afeta o sistema nervoso central, pela morte de células produtoras de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos. Tem maior incidência após os 60 anos. Como seu início é insidioso, há dificuldade em se precisar a data do aparecimento.
Uma das principais reivindicações de quem tem Parkinson, é que a legislação os reconheça como pessoas com deficiências para que possam ter o devido amparo do poder público no sistema nacional de Saúde.
O prefeito Samuca Silva, disse que o poder público está atento a esta situação das pessoas com Parkinson e pretende buscar o melhor atendimento.
– Sabemos que a doença não tem cura, é progressiva, e que não existe uma legislação nacional para quem tem Parkinson. Mas vamos buscar a melhor forma de tratamento para que todos tenham a melhor assistência em Volta Redonda e seremos referência neste trabalho social. A vida continua para as pessoas, apesar das limitações impostas. Mas essas limitações podem ser superadas com uma boa convivência familiar e social, melhorando a qualidade de vida dessas pessoas – falou.
A secretária Dayse Penna disse que estão no início da construção de políticas públicas para as pessoas que sofrem de Parkinson no município, buscando transformar o diálogo em ações efetivas, dar o pontapé inicial e trazer mudanças na legislação.
Segundo o vereador Washington Uchôa, o objetivo do fórum foi encontrar soluções para um progresso na qualidade de vida dos portadores de Parkinson.
– Estou muito feliz em participar desse fórum. Agora, após ouvir as demandas, vou buscar formas de ajudar – falou.
O secretário de Saúde, Alfredo Peixoto, lembrou que a Saúde trabalha com 200 a 250 pessoas com Parkinson na Atenção Básica de Saúde, na Policlínica da Cidadania e que o atendimento será ampliado.
– O Hospital Santa Margarida será um espaço maior para este atendimento especializado. Vamos aumentar o atendimento e a capacitação dos profissionais de Saúde para melhor identificar este diagnóstico – afirmou.
O aposentado Hamilton Guerra disse que as pessoas ainda evitam aceitar o Parkinson, e que ninguém é culpado quando este chega e toma conta, mudando a realidade da pessoa que sente os sintomas no corpo. Ele está escrevendo um livro de poesia e contos que terá como título “Superação”, a ser lançado com apoio de uma universidade.
Já a médica Denise Oliveira, citou que o seu irmão, Domício Oliveira, era um excelente desenhista. “Quando o Parkinson chegou, mudou ele, mas revelou outro talento. Ele descobriu as cores na pintura”, comparou.
Atualmente a Appema-VR (Associação dos Portadores de Parkinson, Esclerose Múltipla e AVC de Volta Redonda),não tem sede própria, mas se reúne mensalmente na sede da Secretaria de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos, no bairro Nossa Senhora das Graças, que serve como um espaço de convivência para os portadores de Parkinson.
Por Roberta Caulo/Ascom vereador Washington Uchôa