Eduardo Lopes fala sobre o trabalho do PRB no Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Lopes, presidente do PRB Rio de Janeiro, é dono de uma personalidade eclética. Ao mesmo tempo em que gosta da seriedade da política e seus muitos desafios, que exigem horas de sua atenção, não dispensa a prática diária de ciclismo. É um homem muito dedicado à família que formou com a esposa Rosana Lopes. Pai de Ainõa e Cauê, Eduardo é adepto de culinária saudável e tem como hobby o simulador de fórmula 1 e de voo. É corintiano declarado, e no Rio de Janeiro prefere não entrar em polêmicas, mas admite admiração pelo Flamengo.
Nascido em Santo André, é conhecido como bom ouvinte, mas firme como dirigente partidário. Em um bate-papo, Lopes contou como está a atuação do PRB no Estado, as metas e perspectivas para o pleito eleitoral de 2016, e os desafios da política no Rio de Janeiro.
ENTREVISTA
PRB-RJ – O senhor é vice-presidente nacional do PRB e está à frente dos trabalhos da legenda no Estado do Rio de Janeiro há dois anos. Como está sendo a experiência?
Eduardo Lopes – Muito enriquecedora. Outra parte interessante é conhecer a questão administrativa, o dia a dia fora das eleições. A promoção do crescimento do partido como dirigente é uma experiência única, porque antes, a minha experiência era a de mandato, como deputado federal, ministro da Pesca e Aquicultura e como senador por dois anos. Como presidente, tenho a oportunidade de viver e respirar o partido todos os dias. Quando fui deputado federal, exercia o mandato com seriedade e responsabilidade, mas não tinha vida partidária ativa, porém, quando fui para o PRB, em 2010, atuava como coordenador de campanhas do partido.
PRB-RJ- Qual foi a primeira campanha que coordenou no PRB?
Eduardo Lopes – Atuei na campanha do senador Marcelo Crivella em 2010, depois, na campanha de deputados estaduais e federais em 2014. Estava na chapa com Crivella e coordenava a campanha, fui suplente a senador com ele. Depois, assumi a presidência no Rio de Janeiro. Em 2011, Marcos Pereira assumiu a presidência e eu a vice-presidência nacional. Hoje, acumulo a vice-presidência, a presidência estadual, a coordenação das campanhas em todo estado do Rio de Janeiro.
PRB-RJ – Qual o maior desafio de um presidente?
Eduardo Lopes – A articulação. O desafio é transitar em todos os níveis, ouvir, conversar com todos, depois conciliar e convergir em favor dos interesses do partido e da população. Precisamos ter o conhecimento do que está acontecendo no geral. Ainda que o presidente municipal tenha liberdade, a palavra final é sempre a nossa.
PRB-RJ – O senhor está acostumado com desafios, afinal, já foi deputado federal, ministro e senador. Gosta destes desafios?
Eduardo Lopes – Tem uma frase que há muitos anos se tornou a minha ordem do dia: “Só em constante confronto com os desafios é que surgem os resultados”. Quando temos desafios não nos acomodamos, eles não nos deixam esmorecer, nos motivam. Todos os dias, acordo com o seguinte pensamento: “Vamos fazer o que tem que ser feito”. Quando fazemos o que tem que ser feito tudo caminha.
PRB-RJ – Estamos a um ano das eleições 2016. Como estão os trabalhos para o próximo pleito?
Eduardo Lopes – Estamos atendendo diariamente as pessoas, ouvindo, fechando acordos e nosso posicionamento tem sido muito claro em relação aos candidatos a prefeitos. Queremos imprimir a nossa marca de gestão, ter uma participação ativa, conquistando o nosso espaço. Não queremos montar um trabalho apenas para vencer a eleição, queremos governar junto, participar do governo. Se estivermos aliados, seremos aliados, mas nunca subservientes. Creio que, em 2016, teremos chapa de vereadores praticamente em todos os municípios. Hoje temos mais de 34 pré-candidaturas a prefeito e 23 para vice-prefeito. Em 57 municípios, o PRB estará disputando. Se o Rio tem 92 municípios significa que, em 57 municípios, o PRB participará diretamente na disputa.
PRB-RJ – As marcas que o PRB tem deixado em sua trajetória nesses 10 anos tem feito o partido ser muito procurado?
Eduardo Lopes – Sim. Temos o caso de um prefeito que está em sua cadeira, desempenhando o seu mandato e não disputará a reeleição pelo partido que está, mas pelo PRB. Muitos se filiam, estão interessados a disputar a primeira eleição, são unânimes em dizer que PRB é um partido leve, limpo, sério e de palavra. Temos ratificado que depois que selarmos um compromisso, iremos até o fim. Sempre explico que o PRB não sofrerá pressões de ninguém, isso acaba o temor que muitos têm de serem enganados, como testemunham ter acontecido em outros partidos.
PRB-RJ – O senhor tem usado o slogan #PRBTrabalhandoSemParar. É fácil convencer as pessoas que o cercam trabalharem no seu ritmo?
Eduardo Lopes – Este é um ritmo de trabalho que temos há muitos anos. Eu faço a minha parte trabalhando muito, quem não acompanhar ficará para trás. Cobramos resultados, que são fruto de um trabalho sério. E é em cima deste trabalho que os resultados virão.
PRB-RJ – O senhor tem conversado com lideranças políticas de vários partidos. Houve algum acordo com Anthony Garotinho (PR)?
Eduardo Lopes – Existe uma força política estabelecida, dominante que sempre quer apresentar um pacote pronto para todas as eleições e nós não concordamos com isso, queremos conquistar o nosso espaço. O PRB tem a sua força política, a sua liderança, assim como o PR. Temos conversado e eu tenho deixado claro, que se tenho uma candidatura viável em um município, não há porque abrir mão dela. Entendemos que chegou a hora de mudar o cenário político do Rio de Janeiro. Podemos sim nos unir com outro partido para mudar a política atual.
PRB-RJ – Que outra novidade do cenário político carioca o senhor pode nos adiantar?
Eduardo Lopes – A pré-candidatura do senador Marcelo Crivella é uma realidade. Isso movimenta o cenário político. O capital político dele é inegável e usaremos a nossa força política para avançarmos ainda mais.
PRB-RJ – Recentemente, houve manifestações em todo o país, numa demonstração de insatisfação. Como avalia o posicionamento da população?
Eduardo Lopes – Todo movimento democrático é legítimo. E o povo tem o direito de ir às ruas, clamar por melhores condições, cobrar do governo saídas e alternativas. As pessoas devem respeitar e evitar extrapolar, agredindo e usando questões na esfera pessoal, dando créditos à “turma do quanto pior melhor”. Existem os aproveitadores, aqueles que entram no embalo para tirar proveito. Devemos lembrar que o voto é soberano, não podemos atentar contra a democracia. Creio que é um momento que todos devem refletir sobre a importância do voto.
PRB-RJ – O PRB sempre deixou claro ser um partido aberto ao diálogo, não subserviente. Acredita que é possível manter este posicionamento em tempos de tanta corrupção?
Eduardo Lopes – Nós apoiamos o governo, somos base dele, mas o partido tem posicionamentos claros. E não votamos sempre com o governo, algumas vezes votamos contra. Em relação aos nossos valores, há princípios que não podem ser maculados, desprezados independente do cenário. O princípio do PRB é zelar pela coisa pública. Como diz o nosso presidente Marcos Pereira, existem os interesses públicos, partidários e particulares. Não podemos colocar os interesses particulares acima dos interesses partidários e públicos.
PRB-RJ – O PRB está completando 10 anos. O senhor é um dos “Pratas da Casa”. Como avalia a performance do partido, a história política que vem escrevendo nesse período?
Eduardo Lopes – O crescimento é fruto de trabalho duro. Acredito na força do trabalho, por isso estamos avançando. Temos uma meta e chegaremos lá. Quero agradecer e parabenizar a todos que acreditam em nosso projeto político. Parabéns, PRB!
Texto: Mônica Soares / Ascom – PRB Rio de Janeiro
Foto: Jose Muniz