“Discussão sobre o retorno da venda de bebidas alcoólicas nos estádios é um retrocesso”, declara Carlos Macedo
O deputado estadual Carlos Macedo (PRB-RJ) conclamou os demais deputados a reprovar PL799/2015, que prevê a liberação da venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. O parlamentar ressaltou que o debate sobre retorno do álcool nas arenas esportivas representa um retrocesso, e que não existe uma boa causa lógica ou argumentativa que venha a fazer com que essa lei seja fortalecida ou renovada.
“Nós, enquanto parlamentares precisamos nos enxergar como ajustadores do bom convívio social, mediante nossas proposições de leis. Eu frequento esporadicamente os estádios de futebol, gosto de ir com a minha família. Quem frequenta os estádios sabe que o futebol é naturalmente um estimulante de paixões e excitador de ânimos. Misturar futebol, paixão, multidão confinada e álcool, é como tentar apagar fogo com gasolina”, disse.
Em 2008, uma determinação da Confederação Brasileira e Futebol (CBF) suspendeu a venda de bebidas alcoólicas nas arenas esportivas, durante os jogos oficiais. Em 2010 foi incorporado no Estatuto do Torcedor (Lei 12.299/2010), no artigo 13-A, o texto que considera ilegal a entrada e permanência nas arenas com “bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”. No entanto, a resolução determina que a legislação estadual ou municipal sobre o tema deve ser respeitada. Isso abre brecha para que se libere a venda.
Essa discussão vem tomando força desde a Lei Geral da Copa, que liberou a cerveja nas arenas durante o Mundial, e fez com que surgisse um movimento para que a liberação fosse mantida.
O projeto, que entrou na Ordem desta terça-feira(22/9), recebeu sete Emendas e foi retirado de pauta da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. As propostas de alteração no texto serão analisadas no Colégio de Líderes da Alerj e o projeto voltará à pauta da sessão de hoje (23/9) para ser votado definitivamente.
“Apesar de ter apresentado uma Emenda que fiz no intuito de, caso o projeto passe no dia de hoje, venha tentar amenizar o máximo possível os impactos dessa lei. A causa lógica ou bons motivos para aprovação deste projeto não existem. Entre a saúde econômica dos clubes, eu fico com a segurança e a paz da família”, concluiu Carlos Macedo.
Por Maria Emilia Hauari
Ascom deputado Carlos Macedo
Fotos: Mariana Ramos