Diabetes em idosos é tema de debate público do vereador João Mendes de Jesus
O vereador João Mendes de Jesus (PRB) realizou, nesta semana, no plenário Câmara, o debate público “Diabetes em Idosos — Causa e Prevenção”, principalmente no que tange aos cidadãos que chegaram à terceira idade e necessitam de proteção e de cuidados por parte do Estado, da sociedade e, principalmente, de suas famílias.
João Mendes ressaltou ainda que a cidade do Rio de Janeiro é o lugar do Brasil onde vivem o maior número de idosos, e, consequentemente, segundo ele, o Rio tem de ser, obrigatoriamente, a vanguarda do País no que diz respeito a cuidar das pessoas que passaram dos 60 anos.
O parlamentar apresentou números e índices sobre a incidência de idosos diabéticos no País. Segundo dados do Ministério da Saúde, os idosos acima dos 65 anos são os que mais sofrem com diabetes: 21,6% das pessoas nessa faixa etária possuem a doença. Em contraste, apenas 0,6% dos jovens entre 18 e 24 anos tem diabetes. No Brasil, 5,6% da população declaram ter a doença – em 2006 eram 5,2%. Os números fazem parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2011.
Entre os homens, o número de diabéticos aumentou, passando de 4,4%, em 2006, para 5,2%, em 2011. Apesar do aumento entre os homens, as mulheres continuam sendo maioria, com índice de 6%. O Brasil tem proporção geral de pessoas com diabetes abaixo do Chile, Argentina e Estados Unidos, mas é uma tendência crescente no país.
Para o vereador João Mendes, o Governo tem realizado programas específicos aos idosos, que são mais atingidos pela doença. O principal público que recebe remédios de graça para o diabetes é quem tem mais de 65 anos. Checar o número de cadastros de diagnóstico precoce em idosos que as equipes de saúde estão realizando é muito necessário. E conforme o desempenho das equipes poder-se-á dobrar os recursos para cada uma delas.
Motivos da doença – Conforme o político do PRB, entre os motivos para o aumento do número de diabéticos no País estão o aumento da obesidade, o aumento da população idosa e aumento do número de diagnósticos. Entre 2006 e 2011, o número de obesos no Brasil cresceu 28%. Hoje o porcentual de hipertensos é de 22,7% entre os adultos – sendo 25,4% entre as mulheres; 19,5% entre os homens e 59,7% em pessoas com mais de 65 anos.
“O Governo quer reforçar as ações de acesso mais fácil a medicamentos e fazer acordos com a indústria de alimentos, mas não podemos ficar só à espera, porque urge atendermos aos idosos, sendo que muitos deles estão irremediavelmente enfermos” — pondera João Mendes de Jesus.
Sal é gordura — A redução do sódio e da gordura em alimentos pode ter peso importante para redução da obesidade, que é fator de risco para diabetes. Também são fatores de risco da doença o sedentarismo e o tabagismo.
A pesquisa do MS também mostra que, quanto menor o grau de escolaridade, maior o número de diabéticos. Entre as pessoas que estudaram até oito anos, por exemplo, 7,5% possuem diabetes. Já entre os que têm doze anos de estudo ou mais, o número cai pela metade: 3,7%.
As capitais com maior número de diabéticos no país são Fortaleza (7,3%), Vitória (7,1%), Porto Alegre (6,3%) e Rio de Janeiro (6,2%). As menores taxas são em Palmas (2,7%), Goiânia (4,1%) e Manaus (4,2%).
O diabetes tem de ser realmente prevenido, porque tratar somente a partir da causa gera dor nas famílias e prejuízos aos cofres do Estado, além de fazer com que a saúde dos idosos fique relegada a um segundo plano.
“O diabetes é uma doença grave e silenciosa e por causa disto tem de ser combatida com seriedade e responsabilidade por parte do Governo, do Ministério da Saúde, das secretarias estaduais e municipais e pela sociedade” — conclui João Mendes de Jesus.