Deputado Carlos Macedo protocola ofício na Comissão de Meio Ambiente da Alerj
O deputado estadual Carlos Macedo (PRB-RJ) encaminhou, recentemente, ofício à Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), solicitando providências para o controle do nível da lâmina d’água do Lagoa Feia, no município de Quissamã, norte-fluminense do estado. O problema tem causado danos ambientais à região com a abertura indiscriminada das comportas sobre o Canal das Flexas e prejuízos à economia local, principalmente à pesca, causando muita preocupação, sobretudo à colônia de pescadores quissamaenses. O lençol freático da região também está seriamente comprometido, já que os poços estão quase secos.
“Dei entrada no processo das comportas na Comissão de Meio Ambiente da Alerj. Estou protocolando, também, junto ao Senado Federal, por meio do gabinete do senador Eduardo Lopes, que também está muito preocupado com a questão dos recursos hídricos da região, especialmente pelo fato de ele ter sido ministro da Pesca e entender bem o impacto negativo desta situação nas atividades pesqueiras do município de Quissamã, pois centenas de famílias sobrevivem da subsistência da atividade econômica que ela gera”, disse o deputado estadual.
Em dezembro de 2017, Carlos Macedo participou da Comissão Parlamentar que reuniu a prefeita Fátima Pachedo, o presidente da Câmara Municipal, Luciano Pessanha, a presidente da Colônia de Pescadores, Rose Ferreira, e vereadores do município com o objetivo de discutirem o controle das 14 comportas do Canal das Flexas, ligadas à Lagoa Feia e que banha a região entre Quissamã e Campos dos Goytacazes. Os vereadores reivindicam o fechamento das comportas que, quando abertas, causam alagamentos e prejuízos ao meio ambiente, impactando diretamente no meio ambiente e na economia da cidade.
O deputado Carlos Macedo abraçou a causa e se comprometeu levar a questão adiante na Alerj: “A questão da comporta precisa ser resolvida o mais rápido possível. São famílias de pescadores que sofrem com a baixa de água doce nos rios e lagoas, como a Lagoa Feia. Por isso, protocolei ofício junto à Comissão Ambiental da Alerj, a fim de que as medidas sejam urgentemente tomadas em defesa não apenas do meio ambiente, mas das famílias que ali dependem da lagoa para a sobrevivência”, afirmou.
O presidente da Câmara Municipal de Quissamã, Luciano Pessanha, explicou que a falta de controle do fluxo das comportas faz com que o lençol freático eleve o nível das águas do Canal das Flexas, mas diminui o nível da Lagoa Feia, comprometendo os rios e lagoas do entorno. Para ele, o apoio do deputado Carlos Macedo é muito importante para solucionar o problema.
“Em nome da população quissamaense, quero agradecer os apoios do deputado estadual Carlos Macedo e do senador Eduardo Lopes, que vêm dando à questão do controle do nível da lâmina d´água da Lagoa Feia – que já chegou a ser a segunda maior lagoa de água doce do Brasil e fica nos municípios de Quissamã e Campos dos Goytacazes. Temos que, juntos, conscientizar as autoridades ambientais de que não podemos deixar uma lagoa tão linda e importante para o estado do Rio de Janeiro morrer por falta de zelo no manuseio de comportas do Canal das Flexas”, declarou.
“O problema é grave, vamos trabalhar com afinco para que as medidas sejam logo tomadas em defesa do ecossistema local e dos habitantes que dependem da lagoa para o sustento de suas famílias. Estou certo de que o presente ofício contribuirá para a instauração de procedimentos cabíveis à questão”, completou o deputado Carlos Macedo.
Segundo o site Wikipedia, a Lagoa Feia já foi considerada a segunda maior lagoa de água doce do Brasil, sendo superada apenas pela Lagoa Mirim. Está localizada na divisa dos municípios de Quissamã e Campos dos Goytacazes. Fonte de abastecimento de água potável para Quissamã, possui uma elevação média de três metros e profundidade de cerca de dois metros. O ecossistema está ameaçado devido à utilização indiscriminada de suas águas e dos aterros feitos em suas margens. Com localização no norte-fluminense do estado e divida com Campos dos Goytacazes, Quissamã foi emancipada em 4 de janeiro de 1989, com aproximadamente 716 km2 e população estimada em 24 mil habitantes, tendo como base de sustento da região a pesca e o cultivo de cana-de-açúcar, coco, entre outros produtos.
Por Amilton Lopes (Ascom Carlos Macedo)
Fotos: Cedidas.