Crivella transmite cargo ao novo ministro Eduardo Lopes
Na tarde desta segunda-feira, 17, ocorreu a transmissão do cargo do ministro da Pesca e Aquicultura, na sede do órgão, acompanhado por um auditório lotado de representantes do setor pesqueiro, autoridades, familiares e funcionários do MPA. Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff havia dado posse a seis novos ministros, incluído aí, o novo ministro da Pesca, Eduardo Lopes.
Esbanjando simpatia, o agora ex-ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella(PRB/RJ), iniciou seu discurso lembrando da satisfação em deixar o Ministério sem qualquer mancha ou escândalo. “Sempre pedi a Deus que nos guardasse e não permitisse aqui nada que nos envergonhasse. Graças a Deus nenhum deslize, nenhum escândalo”, avaliou destacando que isso também se devia à seriedade do trabalho dos funcionários do MPA. “Promovemos 130 funcionários”, relatou ao agradecer ao seu braço direito no Ministério, o secretário Executivo Átila Maia(PRB/DF), responsável pela grande valorização do quadro funcional. “Perguntaram se eu não deveria ter um almirante no Ministério. Eu disse que não. Precisamos de um brigadeiro para decolar”, brincou arrancando risos pelo fato de Átila ser Brigadeiro do Ar.
Marcelo Crivella apresentou ainda algumas mudanças pontuais de sua gestão. Entre elas, o recadastramento dos pescadores por meio da nova Carteira de Pescador, que possibilitou uma economia de mais de R$ 600 milhões por conta da identificação de cadastros irregulares de pessoas que não tinham direito ao benefício.
Crivella também destacou o crescimento da produção nacional de pescado, que chegou ao patamar de 2,5 milhões de toneladas no ano passado contra 1,3 milhões do ano anterior. O republicano também comemorou o senso aquícola que será feito pelo IBGE. “Ele vai nos contar os peixes dos nossos cativeiros”.
“Crivella imortalizou e eternizou uma frase: ‘Eu não sei colocar minhoca no anzol’”, disse o novo ministro Eduardo Lopes ao comentar que foi a pergunta que mais ouviu entre os jornalistas. “O problema não é a pergunta, mas a intenção de quem a faz. Lógico que o ministro Crivella disse isso para mostrar a sua humildade. Ele não precisaria saber colocar minhoca no anzol, mas sim, mostrar a sua gestão, que foi excelente”, observou.
Lopes falou um pouco sobre sua infância e lembrou de sua única diversão aos finais de semana com seu pai e irmãos. “Torcia para não chover, mas foi ali na represa Billings que aprendi a pescar com meu pai”, revelou ao ser questionado sobre sua experiência com a pesca.
Em seguida, falou de sua atuação no Senado citando a relatoria da PEC, de autoria de Crivella, que permite médicos militares a trabalharem no Sistema Único de Saúde. “A presidente Dilma ao conhecer essa PEC trabalhou para que fosse aprovada. E em cinco dias foi promulgada. Com isso, colocamos, pelo menos, mais 20 mil profissionais atendendo ao povo”, comentou ao dar um recado: “Aqui não será diferente. Eu sou de realizar. Eu gosto de fazer e gosto de ver acontecer. E me coloco às disposição de vocês para isso”.
Representando os aquicultores do Brasil, Luiz Valle, presidente da empresa Cavalo Marinho, falou que Crivella mudou o perfil do produtor brasileiro ao dar condições de melhorar os instrumentos de pesca e, consequentemente, a capacidade de produção. “Nasce uma novidade, um novo pré-sal. A oportunidade é o peixe. Aqui se cheira a peixe. Se pegarem um caco de telha e rasparam a nossa pele, eles encontrarão escamas”, disse ao apontar o setor pesqueiro como a nova riqueza do País.
O presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores, Abraão Lincoln, relembrou das primeiras palavras de Crivella ao chegar ao Ministério. “A minha maior vontade é servir aos pequenos”. Já o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Abastecimento e Pesca do Rio de Janeiro, Felipe Peixoto, testemunhou o empenho de Crivella nas questões referente ao setor no Estado do Rio de Janeiro. “A presença do senhor nas intervenções ajudou a avançar muito. Nós conseguimos simplificar os licenciamentos e pudemos oferecer equipamentos que vão complementar as ações que o governo já desenvolve com as comunidades pesqueiras. Tivemos, portanto, a oportunidade de levar investimentos ao Rio”, disse agradecido.
Integrante da mesa diretora, o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, avaliou a posse do senador Eduardo como sendo um reconhecimento ao trabalho realizado pelo ministro Crivella. “Isso é a confirmação de que o ministro Crivella fez um excelente trabalho, portanto, a presidente (Dilma) nos questionou o apontamento de nomes para a substituição do ministro. Nós apresentamos três nomes para ela e ela escolheu o nome do senador Eduardo Lopes, decorrente do trabalho que ele fez no Senado ao longo desses dois anos. E sabemos que vai ser a continuidade, com certeza, com um incremento maior ainda de trabalho e de realizações porque essa é a marca do PRB: Administrar, legislar e governar para o povo e para os mais necessitados”.
Ainda de acordo com Pereira, a permanência do PRB frente ao Ministério não é um indicativo de apoio do partido para a reeleição de Dilma. “É um acordo de promessa feito na época da campanha e é decorrente do apoio que o partido deu para a presidenta, na sua eleição em 2010. Para a reeleição, nós precisamos continuar conversando”, informou.
Histórico
Eduardo Benedito Lopes é natural do município de Santo André, São Paulo. É formado em Teologia e Jornalismo. Trabalhou na Rede Record de Televisão e foi diretor-presidente do Jornal Folha Universal e da Editora Gráfica Universal. Em 2006, elegeu-se a Deputado Federal, exercendo o mandato de 2007 a 2011. Na Câmara foi membro titular das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Atualmente é suplente do senador Marcelo Crivella e ocupou o cargo por dois anos.
No Senado foi relator de importantes matérias e autor do primeiro decreto legislativo aprovado pelo Congresso, que sustou os efeitos da resolução administrativa do TSE que redefinia o número de deputados federais. No final do ano passado, o Senado também aprovou um requerimento de Lopes para que o projeto que criminaliza a discriminação de homossexuais (PLC 122/2006) seja apensado ao projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012). Lopes é presidente regional do Partido Republicano Brasileiro (PRB), no Estado do Rio de Janeiro.
Galeria de Fotos.
Por Helen Assumpção – Comunicação Nacional do PRB
Fotos: Douglas Gomes
Arte: Demóstenes Ramos