Crivella reabre CER da Barra e lança obra de Clínica da Família na Muzema
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou neste sábado (24/11) a obra pronta na Coordenação de Emergência Regional da Barra da Tijuca (CER Barra), que fica ao lado do Hospital Municipal Lourenço Jorge. A reabertura da CER, unidade administrada pela RioSaúde, ocorre três semanas após o incêndio que atingiu o segundo andar da Coordenação de Emergência da Barra. Por coincidência de escala de plantão médico, a mesma equipe deste sábado é a que estava trabalhando no dia do incêndio. Os funcionários não esconderam a emoção de voltar à CER, totalmente reformada, com mais estrutura e segurança. Crivella cumprimentou cada um e ouviu relatos da ação de três semanas atrás e também agradecimentos pela obra, feita pela RioUrbe, ao custo de R$ 4,4 milhões.
– Tudo foi afetado (pelo incêndio). A estrutura de telhado, no segundo pavimento, todas as colunas e vigas, que foram trocadas. Agora está melhor, porque fizemos uma rede de sprinklers. Se houver qualquer indício de incêndio, o sprinkler vai jorrar água. Nós temos agora também uma rede de detectores de fumaça, garantia de primeiro mundo. Todo piso foi trocado, todo o forro, melhoramos as instalações hidráulicas, elétricas e de gás. Instalamos uma nova rede de computador. Tenho certeza que a população ficará muito bem assistida aqui. São 15 mil pessoas atendidas por mês – descreveu Crivella, em visita à unidade, que tem também layout mais funcional para a saúde mental e ganhou ainda luminárias de LED e telhas térmicas, para redução de ruído e temperatura.
DEVOLUÇÃO DE UNIDADES AO GOVERNO FEDERAL
Crivella explicou a ação na Justiça para devolução ao Governo Federal de 24 unidades de saúde, entre hospitais, centros municipais de saúde e policlínicas municipalizados de 1994 a 2005. Após dois anos de tentativas de negociação, o prefeito decidiu recorrer à Justiça para que a União reassuma as unidades e as mantenha em funcionamento.
– Em 1995, o Governo Federal passou ao Município uma série de hospitais e postos de saúde. Havia um contrato, e, nele, o Governo Federal se comprometia em repassar um valor ao Município. O valor não foi reajustado. E mais: o pessoal federal foi se aposentando e sendo reposto por pessoal municipal, aumentando o custo. Nesses dois anos do meu governo, fui diversas vezes a Brasília, sem resultado. Notificamos que chegou a hora de cumprir o contrato. O que diz o contrato? Se os repasses não fossem feitos, as unidades teriam que ser devolvidas. Então fizemos um organograma de devolução. Demos notícia à juíza de que iríamos fazer. Não pedimos autorização para devolver. Porque isso está no contrato, nós podemos devolver imediatamente. Mas pedimos a ela que nos desse uma cautela antecipada para que o Governo Federal, assumindo seus hospitais e postos de saúde, não os fechasse – afirmou Crivella.
O prefeito entendeu que a juíza “não se sentiu confortável para decidir liminarmente”e notificou a União, com pedido para ouvir as partes envolvidas.
– Nós vamos apresentar nossas razões e esperar as razões da União. Mas é importante que fique claro: ou a União cumpre o contrato e repassa ao Município aquilo que foi acordado, ou então que receba de volta seus hospitais e postos de saúde e não os feche – alertou Crivella.
REESTRUTURAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA
O prefeito comentou também a liminar judicial sobre o plano de reorganização dos serviços de atenção primária da Prefeitura. Crivella destacou que, ao proibir fechamento de clínicas da família, em sua decisão, o juiz mostrou não estar informado sobre o processo, já que nenhuma clínica será fechada, e, sim, haverá uma reestruturação das equipes para atender locais com maior necessidade.
– O juiz tomou uma liminar numa ação proposta pelo PSOL , e vamos apresentar as razões. Ele fala na decisão que nós iríamos fechar clínicas. Não vamos fechar clínicas. Faltou ao juiz informação. Nenhuma clínica será fechada. As equipes serão reduzidas, porque depois de um ano e meio de estudo, verificou-se que não há efetividade em algumas equipes onde estão alocadas. Agora mesmo estou indo lançar a pedra fundamental de uma nova Clínica da Família, na Muzema. Ali precisa. Cidade de Deus precisa também. Mas onde eu moro, na Península, nós não temos necessidade de 100% de cobertura da saúde da família. Claro que esses recursos poderiam estar sendo usados com mais efetividade em outros locais, e é isso que estamos fazendo – disse.
MUZEMA VAI GANHAR CLÍNICA DA FAMÍLIA
Uma nova clínica da família, aliás, é o que vai ganhar a comunidade da Muzema, no Itanhangá, Zona Oeste. Crivella esteve no terreno onde será erguida a unidade e lançou a pedra fundamental da obra, que deve durar até cinco meses. A nova unidade contará com cinco equipes de saúde da família e duas equipes de saúde bucal, beneficiando 20 mil moradores da área. Serão atendidos moradores das comunidades Muzema, Tijuquinha e Vila da Paz, com consultas individuais e coletivas, visita domiciliar, pré-natal, teste do pezinho, vacinação, curativos, planejamento familiar, vigilância em saúde e saúde bucal. A unidade estará apta a realizar, em média, 1.500 consultas médicas por mês.
Os atendimentos serão feitos em um espaço com consultórios, sala de procedimentos/coleta, sala de curativos, sala de imunização, sala dos agentes, sala de saúde bucal, sala de esterilização, farmácia, almoxarifado e centro de cultura e ideias. A região onde ficará localizada a nova unidade abrange, além da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, os bairros de Taquara, Cidade de Deus, Tanque, Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio dos Bandeirantes, Anil, Curicica, Itanhangá, Gardênia Azul, Rio das Pedras e Praça Seca.
Essa é a segunda obra de construção de Clínica da Família retomada pelo Prefeito Marcelo Crivella, que no mês de outubro retomou as obras na unidade da comunidade de Karatê, na Cidade de Deus. Além disso, o prefeito também inaugurou, desde o início da gestão em 2017, oito novas Clínicas da Família no município do Rio de Janeiro.
OS NÚMEROS DA CER DA BARRA
Nos últimos dois anos, a CER da Barra reduziu em 33% a taxa de mortalidade dos pacientes e o número de acolhidos aumentou em 21,6%, alcançando uma média mensal de 148 mil pacientes acolhidos. O nível de satisfação em 2017/2018 – identificado em pesquisas internas realizadas sistematicamente – é de 85,2%, três pontos percentuais acima dos 82% em 2016. E o tempo médio de espera pela consulta caiu em 8 minutos, na comparação com o mesmo período.
Na gestão do prefeito Crivella, a CER da Barra, que atende uma média de 500 pacientes por dia, implantou serviço de vigilância e epidemiologia na emergência – tornando-se parâmetro para a Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS -, índice de reversão de parada cardiorrespiratória, avaliação mensal dos fornecedores (aumentando a qualidade dos serviços prestados). Além disso, a unidade adotou o protocolo Apache, indicador que avalia a severidade do estado clínico do paciente, correlacionando com a probabilidade da mortalidade.
Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro