Crivella participa de seminário que dá início a campanha “Aqui mosquito não se cria”
Com a realização do “Seminário de prevenção e combate às arboviroses”, na manhã desta terça-feira (31/01), na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), a Prefeitura do Rio deu partida à campanha “Aqui mosquito não se cria”, de integração das secretarias municipais de Saúde (SMS), Educação, Esportes e Lazer (SMEEL) e Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH) no combate ao Aedes aegypt. A ação integrada dos órgãos municipais é prevista no decreto de 1º de janeiro do prefeito Marcelo Crivella, que institui Estado de Alerta na cidade contra as doenças transmitidas pelo vetor. A proposta é de unir esforços para combater o inseto, prevenir e minimizar os efeitos de uma possível epidemia de chikungunya no Rio de Janeiro.
O seminário, também em parceria com a ENSP/Fiocruz, teve o objetivo de apresentar aos representantes das três secretarias a situação epidemiológica e sanitária do município, as estratégias de combate ao mosquito e prevenção das doenças e, principalmente, de mobilização da população para os cuidados necessários contra o vetor. Dados do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aergypti (LIRAa) realizado pela SMS no início deste mês mostram que mais de 80% dos focos do inseto são encontrados nos domicílios. Eram ralos, pratinhos de plantas, reservatórios de água, entre outros objetos que podem facilmente ser eliminados pelos próprios moradores, evitando assim o risco das doenças.
– A Fiocruz é o epicentro de todas as ações de combate às epidemias no país. Tenho certeza que essa parceria com a Fiocruz vai favorecer muito o Rio de Janeiro e se espalhar pelo Brasil. O brasileiro é forte e extraordinário. Nós vamos vencer essa batalha, não vai ser um mosquito que vai nos derrotar – disse o prefeito Marcelo Crivella, que participou da abertura do seminário, no auditório da ENSP.
Para o secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, o seminário marca a consolidação da promoção de boas práticas voltadas à cidade:
– A fase mais frágil do ciclo de vida do Aedes aegypti é a larvar e é nela que devemos combate-lo. É importante não deixar o mosquito nascer, eliminar os criadouros. Essa é uma luta de toda a sociedade. No dia a dia, os agentes de saúde estão nas ruas combatendo os focos, mas os moradores também precisam ajudar. Essa é uma campanha educativa – disse o secretário Carlos Eduardo, alertando que o perfil epidemiológico da população carioca é vulnerável à chikungunya, que é uma doença que pode incapacitar o paciente por meses e, por isso, a prevenção é tão importante.
Além do seminário, outras agendas estão programadas para dar continuidade ao planejamento de ações integradas contra as arboviroses, como uma ação de mobilização na cidade, no sábado (11/01), envolvendo profissionais dos vários órgãos no combate aos focos do mosquito. Material com orientações sobre o Aedes aegypti, sobre os locais em que se reproduz e as formas de evitar a proliferação está sendo preparado, com linguagem acessível, para ser distribuído à população. Também será disponibilizado aplicativo de celular que ajuda o usuário a fazer a checagem em sua casa, certificando-se de que não há focos do vetor.
Nesta quarta-feira (01/02), um dia antes da volta às aulas, a Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Lazer inicia a campanha “Aqui mosquito não se cria” em todas as 1537 escolas da rede de ensino junto com os professores. Cartas, vídeos de animação, jogos e material didático fazem parte do arsenal que será usado nas escolas. A ideia é atingir 2 milhões de pessoas logo na primeira semana de campanha, por meio dos 650 mil alunos e 60 mil professores e funcionários das escolas.
A cada três meses, haverá uma semana de mobilização voltada a orientar professores, alunos e pais, com distribuição de material impresso e a participação de agentes promotores de saúde. As ações serão feitas em conjunto com as equipes do Programa Saúde na Escola, parceria da SMS com a SMEEL. Em fevereiro a mobilização será do dia 6 ao 10, quando os estudantes farão caminhadas no entorno das escolas, acompanhados de agentes de saúde, ajudando a identificar e eliminar potenciais focos do mosquito. Com esse trabalho voluntário, as duas secretarias pretendem mobilizar milhares de pessoas, que distribuirão de material impresso com orientações e combate à proliferação do mosquito. Estão sendo preparados, inicialmente, uma primeira tiragem de 3 milhões de folderes sobre as doenças e sintomas. Peças publicitárias (filmes e vídeos) e links da campanha estão disponíveis no Portal Rioeduca.
A secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Bergher, anunciou, durante o seminário, que serão realizadas ações de orientação nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Autor: Fotos: Erbs Jr. e Mariana Ramos