As UPPs no Rio falharam?
Temos acompanhado com muita apreensão os confrontos entre traficantes e policiais das UPPs – Unidades de Polícia Pacificadora – e as consequentes mortes. Na tarde do último sábado, após intenso tiroteio na favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, um suposto bandido foi morto e dois moradores não identificados ficaram feridos.
A polícia alega que sofreu ataque durante patrulhamento numa localidade da favela chamada Beco 199. Identificado como Josiel Rafael Silva, de 43 anos, o marginal foi encontrado com uma submetralhadora calibre 9 milímetros.
As UPPs começaram a ser instituídas em 2008 como “polícias comunitárias”, com o objetivo de desarticular as quadrilhas que controlavam (e que ainda controlam) as favelas e comunidades como estados paralelos.
Embora a diminuição dos tiroteios após a implantação de 39 unidades seja apontado como ponto positivo pela população, além do aumento dos serviços (públicos e privados) prestados à população, os problemas continuam.
Algumas favelas outrora tidas como “pacificadas” voltaram à rotina de tiroteios, como é o caso da própria Rocinha, Complexo do Alemão, Vila Cruzeiro e Complexo da Penha. Fatalmente é a população de bem a maior prejudicada.
O objetivo das “pacificações” era preparar a cidade para as grandes competições, como a Copa do Mundo deste ano e as Olimpíadas de 2016. Aparentemente os planos foram frustrados. Será que isso não tem solução?
Marcos Pereira – presidente nacional do PRB
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