A Importância da Educação Infantil para o Amplo Desenvolvimento da Criança
Considerando que a educação Infantil é uma etapa relevante na medida em que proporciona a criança desenvolver-se integralmente em seu aspecto, físico, psicológico, intelectual e social, por meio de uma educação bem estruturada que atenda as necessidades.
O período que se estende da gestação até os seis anos de idade é considerado o mais importante para o desenvolvimento da criança, pois é nessa fase que a criança estabelecerá suas conexões com o mundo. Antunes (2006, p.9)
Sabe-se que fora da escola as crianças não têm as mesmas oportunidades de acesso ao conhecimento.
Nessa perspectiva, busca-se refletir sobre a importância da “Educação Infantil” para a progressão e compreensão das fases do seu desenvolvimento, as quais devem ser levadas em consideração o entendimento de como deve ser o espaço ideal para que a criança alcance os objetivos que dela se esperam independente de suas condições físicas.
Segundo, o Decreto Federal nº 7.611, de 01/11/2011, que propõe o acesso ao Sistema Regular de Ensino das pessoas com deficiência; Art.1° A inclusão escolar na Educação Infantil è entendida pela garantia de matricula é permanência, sem qualquer tipo de discriminação, de todas as crianças na faixa etária da Educação Infantil.
Ao incluir crianças com deficiência, a instituição escolar muda sua perspectiva de mundo, ajuda professores a repensarem seu papel e contribui para a construção de uma nova geração – aquela que sabe que, entre as diferenças, todos somos iguais.
Segundo estudos preliminares do Censo Escolar/Inep de 2012, já se sabe que tanto na rede pública (7,64%) como na rede particular de ensino (20%) ocorreu o aumento de matriculas de alunos em escolas inclusivas, em instituições exclusivas e classes especiais.
O aumento do número de crianças deficientes na educação infantil faz parte do movimento mundial pela inclusão. Mas se a política de inclusão educacional traz benefícios para todos, também lança novos desafios para instituições, professores e sociedade. A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao ensino fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção, e deixa claro que a criança com necessidade educacional especial deve receber atendimento especializado complementar de preferência dentro da escola. A inclusão ganhou reforços com a Lei de Diretrizes e Base da Educação nacional, de 1996, e com a Convenção da Guatemala, de 2001, que proíbe qualquer tipo de diferenciação, de exclusão ou de restrição baseadas na deficiência das pessoas.
A Declaração de Salamanca, oriunda da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e qualidade (UNESCO, 1994), ressalta que a educação de crianças com necessidades educacionais especiais deve ser tarefa partilhada por pais e profissionais.
Segundo, a Deliberação E/CME nº22, de 03/08/2012:
Art.2° § 2° Compete à família:
I. Estabelecer o intercâmbio entre as informações oriundas dos profissionais que assistem a criança e a instituição; e
II. Promover os demais atendimentos complementares necessários ao seu pleno desenvolvimento.
À medida que as praticas educacionais inclusivas ganham maior visibilidade, as famílias entendem os benefícios dos espaços heterogêneos de aprendizagem para seus filhos.
Portanto, a inclusão de um indivíduo com deficiências e seus familiares objetiva a busca dos seus direitos e lugar na sociedade. As mudanças são fundamentais para a inclusão, mas exige esforço de todos, possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimentos, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade.
Para isso, a educação deve ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo da vida, e todo aluno, independente das dificuldades, poder beneficiar-se dos programas educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades.
por profª Bianca Barreira